sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Poema bobo sem rima nem verso sobre um trem sacolejante

O trem da vida vai passando, fazendo barulho sobre os trilhos envelhecidos da existência deste mundo. Eu sou sim apenas mais uma sacola sem dono no bagageiro deste trem, sem destaque, à qual nenhum passageiro dá atenção. Apesar da minha insignificância, os sacolejos do vagão me alegram, porque me fazem mudar de forma ao reorganizar - sem meu consentimento - o que há dentro de mim. Coisas esquecidas! Coisas que antes estavam acolá e agora estão aqui!

Ao final desta viagem meio sem destino, meio já traçada, todas as sacolas, malas, frasqueiras serão desembarcadas. Algumas vão reclamar das dores e do enjoo que o balanço do vagão lhes causou. Eu vou concordar com elas - que a viagem foi cansativa, que todas precisamos descansar -.

Mas por dentro, longe de todas as outras bagagens, vou sorrir ao lembrar quão divertida foi minha primeira e talvez única viagem.

Feliz 2012 para todas as sacolas, merendeiras, maletas e mochilas desta viagem!

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