segunda-feira, 20 de junho de 2011

Tu es beau



Se pego tua foto
Curvas plásticas, rosto de vencedor, sorriso convencido
E queimo junto à minha
Um escarro dos fundos do pulmão preto da beleza
Nós dois nos tornamos as mesmas cinzas

切ない

Nem sempre estar sozinho é estar só
Nem sempre estar só é estar sozinho
Mas às vezes dá um medo de estar junto
De dividir a cama
De dividir o sorriso
De dividir a vida

Amar gente dói, gente amada cura
Dizer adeus é uma bala amarga de recheio doce
Nem todo sentimento tem nome
Às vezes fere, às vezes alivia
Setsunai.

Embora todos vêm e vão,
Eles não vão de verdade
Então por que não se ferir?
O que se perde com a ferida é a pele
E através da pele não passa nada
A água que importa
Vai toda pelo ralo

Sai sangue, o corte arde
Mas não é melhor do que não sentir?
Assusta, amedronta
Mas não é melhor do que não querer?

sábado, 4 de junho de 2011

Me deixa em paz





Eu tenho a capacidade de amar além das limitações que me impõem.
Eu acredito que semear o amor da forma que ele vier é muito melhor do que diferenciar quem deve ser amado de quem não deve.
Eu tenho a convicção de que atos de carinho não são exclusivos para esse ou aquele tipo de pessoa.
Eu creio na harmonia entre os mais diversos indivíduos.
Eu tenho conhecimento de que a convivência não é simples ou fácil, e que volta e meia teremos problemas;
Mas eu também sei que essas barreiras podem ser transpostas justamente com o amor que, em minha concepção, não deve ter fronteiras.
Eu não entendo como se podem renegar filhos, irmãos e amigos por quaisquer razões.
Eu também não consigo compreender como o que você demonstra ser, pensar e gostar pode ser usado contra você exatamente pelo fato de você ser diferente.
Eu não tenho dúvida de que há mais diversidade entre as pessoas do que as suas classificações científicas podem me dizer;
E eu sei que existem muitos que têm medo de caírem fora do molde dessas classificações e serem acusados de amorosos.

Em resumo, eu abomino a ideia de ver uma massa de pessoas incompreensivas tentando se separar de um grupo de pessoas cujo único pedido e única diferença é que as deixem em paz.

Não, isso é um poema. E este poema só quer ser deixado em paz.