terça-feira, 5 de abril de 2011

Pensamento de tabaco

Ele, sentado naquele banco, acende um cigarro
Bate o peito de cada pé contra o chão
E pensa
Pensa
Pensa
Pensa
(...)
Até perceber que, na verdade, ele não está pensando em nada
O que ele quer mesmo é sentir a brisa gelada
E esvaziar a cabeça à medida que o cigarro queima
Mas, então, ele começa a pensar
E pensa
Pensa
Pensa
(...)
Até se levantar, olhar em volta, ver as luzes da cidade do alto onde está
E parar de pensar.
Ele se senta novamente.
Um momento.
Mas então ele pensa que tem que pensar de novo
E pensa
Pensa
Pensa
Pensa
(...)
E não chega a solução alguma.
Ele joga o cigarro fora, pisa em cima dele, e compara sua existência à daquele toquinho de cigarro apagado, sendo esmagado por alguém que o usou.
Mas fazendo isso, ele está pensando.
E pensa,
Pensa
Pensa
Pensa
(...)
...E acende outro cigarro.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O café ainda não esfriou!


Sei que tenho estado ausente deste blogue nos últimos meses - aliás, ausente de qualquer coisa que exija redação e abstração... -, mas gostaria de dizê-los que ainda tenho planos para a enferma existência deste endereço. Assim, quem quer que esteja lendo, seja apenas eu ou mais alguém, por favor, não desistam dele. Seguindo o "tema" (título) do blogue, deixo-lhes com a forma mais gostosa de servir um café: às 6:30 da manhã de uma segunda-feira, numa lancheriazinha perto da rodoviária, sendo sorvido por um trabalhador da construção civil cuja jornada de hoje vai longe...